O séc. XIV foi um período marcado por sucessivas crises que, por toda a Europa, semearam a fome, a doença, a guerra e a revolta.
Em Portugal, esta crise manifestou-se principalmente a partir de finais de 1348, ano em que a Peste Negra atinge e devasta o reino, matando em menos de um ano mais de um terço da população portuguesa.
Uma vez contaminados e enfraquecidos, os cavaleiros regressavam às suas terras de origem, infectando, todos os que com eles contactavam. Os efeitos foram rápidos e devastadores.
De porto em porto, a Peste era espalhada pelas pulgas dos ratos que enxameavam os sombrios e húmidos porões dos barcos onde havia alimento em abundância. Apesar da "má - fama ", estes não eram no entanto os agentes transmissores da epidemia. Apenas a transportavam, servindo de intermediários no processo infeccioso.
A doença transmitia-se aos humanos pelas pulgas que infestavam o pêlo dos ratos, que no seu constante vai e vem dizimavam dezenas de pessoas.
As primeiras vítimas eram os próprios ratos. Uma vez mortos, estes eram abandonados pelas pulgas que faziam dos humanos os seus novos hospedeiros. O pânico instalou-se rapidamente. Era preciso, em primeiro lugar, encontrar os responsáveis. A Peste Negra apressou o fim de populações inteiras.
Nessa altura foram muitos que fugindo à servidão e à miséria abandonaram os campos, procurando nas cidades ocupação no comércio e nos ofícios mas a peste estava por todo o lado nas cidades e vilas.
A fé, o consolo dos familiares e a ajuda dos monges eram o único alívio dos que adoeciam.
Quanto ao resto da população, protegia-se evitando o contacto com os infectados e marcando com uma cruz a morada destes, que aí permaneciam em «quarentena».
Para terminar, é falso que a Peste Negra esteja erradicada.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
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